Na manhã da segunda-feira (12), os guardas municipais de São Miguel dos Campos realizaram um ato público para denunciar a precarização das condições de trabalho da categoria e cobrar da gestão municipal valorização profissional. A mobilização, organizada pela Associação dos Guardas Municipais de São Miguel dos Campos (AGMSMC) e pelo Sindicato dos Guardas Civis Municipais de Alagoas (Sindguarda-AL), percorreu diversos pontos da cidade.
A caminhada teve início em frente ao Mercado Público, passou pela Câmara de Vereadores e seguiu pelo Centro, com paradas em frente a secretarias municipais, ao restaurante público e, por fim, à sede da prefeitura. Em cada parada, os guardas denunciaram o descaso com a segurança pública municipal e informaram suas reivindicações: piso salarial, fornecimento de novos equipamentos de proteção individual (EPIs), renovação dos coletes balísticos vencidos, funcionamento da central de comunicação e recuperação da frota de viaturas.
Durante o ato, o presidente do Sindguarda-AL, Carlos Pisca, destacou a situação alarmante enfrentada pela categoria.
“Nós estamos ganhando hoje abaixo de um salário mínimo, sem as mínimas condições de desenvolver as atividades de segurança pública: não temos armamento, não temos mais cursos de capacitação, não temos coletes balísticos, também não temos viaturas para estarmos nas ruas. Não temos estrutura adequada para fazer a segurança da população de São Miguel dos Campos.”, alertou.
Para o presidente do sindicato, isso reflete no aumento da insegurança, fazendo de São Miguel dos Campos o 4° município alagoano com maior índice de violência.

Em tom de ironia, os guardas protestaram contra a alegação do prefeito de que não há recursos para atender às demandas da categoria. Com uma bacia nas mãos, onde se lia “Ajude a prefeitura”, os guardas colocaram moedas como um gesto simbólico de protesto.
O diretor do Sindguarda-AL no município, Rafael da Silva, ironizou: “Não há dinheiro para investimento nos funcionários, mas agora em julho haverá festa”.
Na sede da prefeitura, os guardas realizaram a entrega simbólica dos coletes vencidos. Ainda na ocasião, o presidente do Sindguarda-AL, Carlos Pisca, Rafael e o presidente da AGMSMC, Vanilo Rocha conversaram com Fernandes Palmeira, secretário de Gabinete Civil, sobre as reivindicações da categoria e protocolaram o ofício solicitando uma audiência com o prefeito.
O Sindguarda-AL segue em alerta. Caso não haja resposta da prefeitura, os guardas municipais já articulam uma nova atividade de mobilização nos próximos dias.

Lara Tapety / Ascom Sindguarda-AL