Coronéis perdem controle da Guarda Municipal de Maceió

A situação é grave na Guarda Municipal. O que não representava muito problema está gerando uma grande dor de cabeça para o prefeito Rui Palmeira. Os coronéis (oito ao todo) que integram a Secretaria Municipal de Segurança Comunitária e Convívio Público (Semscs) não conseguiram a simpatia do Grupo de Apoio às Ações Operacionais (GAAO), o grupo de elite da Guarda.

O GAAO é o grupo que dá apoio às ações dos fiscais da Prefeitura de Maceió nas operações onde há riscos de confronto. Como a retirada dos camelôs do Centro, por exemplo. Em três situações ocorridas recentemente, integrantes do GAAO foram agredidos pelos camelôs e nas outras duas, se negaram a dar apoio às ações, devido à falta de equipamentos de proteção e normalmente usados em situações de conflitos.

Na última quinta-feira, dia 15, a Coordenadora Operacional, inspetora Simone Lima colocou o cargo à disposição. Ela foi chamada para uma reunião com o secretário, coronel Ivon Berto Tibúrcio, que lhe ordenou o corte no efetivo do GAAO.

Para a inspetora, trabalhar com os atuais 80 homens, num plantão diário de 20, já está difícil e pior será se houver o corte de pessoal determinado pelo secretário. Ela explicou ao secretário que não havia condições de enxugar o grupo e, ato contínuo, deixou o cargo à disposição.

Corte no efetivo do GAAO seria retaliação

O inspetor-geral da Guarda, Benedito Edson Cavalcante, está de acordo com o corte no GAAO e o imediato deslocamento desse pessoal para os postos da Guarda. A forma de punir, conforme os GMs do GAAO, seria o fato de colocá-los em postos onde eles perderiam o direito ao adicional noturno

A tropa entende que a decisão do secretário é uma retaliação ao GAAO pelo fato de o grupo ter se negado a dar apoio em duas ações de fiscais da Prefeitura, no Centro. Por conta dessa insubordinação, o inspetor Rubens entregou o cargo de comando na Guarda.

A reportagem recebeu a informação de que a revolta é geral dentro da Guarda Municipal com a atual gestão formada por coronéis da reserva da Polícia Militar.

No GAAO, o entendimento é o de que se houver pelo menos um corte no efetivo, todo o restante vai abrir mão da gratificação que recebe hoje e pedir para trabalhar em postos da Guarda Municipal.

O grupo está fechado entre eles que contam, inclusive, com o apoio dos quatro sub-inspetores que comandam os efetivos de plantão a cada dia.

Fonte: O Dia Mais

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