Carlos Pisca diz que sede da GM precisa de reestruturação física completa e não só de computadores

O presidente do Sindicato dos Guardas Civis Municipais de Alagoas (Sindguarda-AL), Carlos Pisca, explicou que a sede da GM de Maceió, no conjunto Joaquim Leão, precisa de uma reestruturação física completa e não apenas de computadores, mobília ou condicionadores de ar. Para ele, enquanto a Secretaria Municipal de Segurança Comunitária e Convívio Social (Semscs) entrega esses materiais, a área operacional está morrendo e minguando.

Na terça-feira (20), o Coronel Ivon Berto entregou os equipamentos na sede da Guarda Municipal. Carlos Pisca esclarece que os computadores e a mobília não surtem diferença, porque o prédio carece de reformas na parte elétrica, pois parte da fiação é exposta; há infiltrações no telhado, os banheiros são insalubres pela ausência de reforma e de materiais de limpeza.

Outro ponto destacado pelo presidente é a falta de alojamentos adequados para os guardas. “A Guarda Municipal de Maceió não tem um alojamento decente. Os armários são enferrujados. Fora isso, ainda temos o problema com o sistema de videomonitoramento, que está quebrado”, disse Carlos Pisca.

“A Guarda precisa comprar armamento, precisa repor as pistolas de eletrochoque. Não vemos um incentivo por parte do nosso secretário, Coronel Ivon Berto. Nós temos alguns escudos na guarda municipal, na sua maioria todos danificados ou vencidos; capacetes vencidos, caneleiras vencidas. Sem fardamentos há três anos. Nada é feito em prol da guarda, aí vem agora entregar mobília e ar condicionado enquanto a área operacional ta minguando e morrendo”, explicou o presidente da entidade sindical.

O Curso de Formação Básica – Adequação para o porte de arma, que inicialmente deveria acontecer na sede da GM, está sendo realizado no auditório da Semscs. A mudança de local aconteceu pela falta de estrutura no prédio da sede. Mas, mesmo com a transferência para a Secretaria, os guardas ainda não contam com a estrutura ideal para o curso e reclamam da ausência de itens básicos, como apostilas e cadeiras adequadas.

Efetivo

“A estrutura da guarda é composta por 780 guardas. É um número insuficiente para cobrir os postos de serviço, a exemplo de 147 escolas, 87 postos de saúde, fora as secretarias e outros equipamentos da administração pública”, explicou Carlos Pisca.

Ele disse que há  guardas no Centro, trabalhando no reordenamento, sem o mínimo de condições de desenvolver a atividade. “Não vemos por parte da secretaria uma vontade de resolver o problema. Nos faltam algema, fardamento, colete, e a secretaria ainda contrata pessoas estranhas ao quadro da GM para  desenvolver serviço operacional junto com os guardas na cidade. O que poderia resolver um pouco a falta de efetivo seria o serviço voluntário remunerado, que  cobramos há dois anos”.

 

 

 

 

Kamylla Lima – Ascom Sindguarda

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