Semscs alega que não contratou seguranças particulares para atuar no Centro

Em audiência realizada nesta terça-feira (11), na sede da Secretaria Municipal de Segurança Comunitária e Serviço Social (Semscs), o Coronel Ivon Berto disse que os seguranças particulares que estão atuando no Centro de Maceió não foram contratados pela prefeitura. Com a presença de membros da diretoria do Sindicato dos Guardas Civis Municipais de Alagoas (Sindguada-AL), inspetores e subinspetores da GM, ele disse que os conhecidos “homens de preto” são subordinados ao poder judiciário.

Carlos Pisca, presidente do Sindguarda, disse que a situação é insustentável e pediu um posicionamento da Semscs sobre a atuação desses seguranças no Centro. Para Carlos, o grupo está usurpando a função de Guarda Municipal, age de forma truculenta e – não sabendo a procedência de conduta deles – coloca a sociedade em risco. Ivon Berto afirmou que vai entrar em contato com a juíza responsável pela 28ª Vara da Infância e Juventude, Maria Lúcia de Fátima Barbosa Pirauá. O Coronel explicou que a informação que recebeu é que os seguranças estão atuando no Centro a pedido da 28ª Vara.

Sobre a ação truculenta e as aparelhagens utilizadas pelos seguranças, o titular da Semscs declarou que “é preciso apurar pra saber até que ponto essas informações são verídicas, então vamos abrir um procedimento administrativo para apurar a situação”.

Curso de formação de 2009

Questionado pelo Sindguarda sobre o curso de formação realizado em 2009, Ivon Berto disse que o curso de formação realizado em 2009 é válido pela Secretaria Nacional de Segurança Pública e que vai enviar a nota técnica da Senasp para análise da entidade sindical.

O secretário falou ainda que vai marcar uma reunião com o departamento da Polícia Federal para tratar sobre o assunto. Ao todo, 200 homens fizeram o curso de formação na parte teórica, dos quais 30 fizeram a parte prática.

Armas doadas

Sobre as 151 armas doadas pela Polícia Civil para a Guarda Municipal em 2016 ficou acordado que Sindguarda e Semscs vão tentar uma audiência com o governador Renan Filho para tratar do assunto. Os revólveres calibre 38 estão em nome da Guarda Municipal de Maceió, mas a doação ainda está em trâmite.

Curso de formação

As constantes reclamações da falta de estrutura dos guardas que estão fazendo o curso de formação para porte de arma também foram levadas para a audiência. Foram apontados que os guardas reclamam de problemas com água, ar condicionado, cadeiras e materiais didáticos adequados.  O coronel disse que quer ouvir dos alunos quais as queixas que eles têm sobre a estrutura.  Vai ser marcada uma reunião com o coronel, o sindicato, o coordenador do curso e o inspetor-geral Armando Correia para discutir as adequações para o curso. Ele ressaltou que há processo para compra de munição para treinamento. Além disso, o secretário informou que existe projeto de reformar a sede da guarda municipal novos condicionadores de ar estão sendo providenciados para o auditório.

Coletes balísticos

Os coletes balísticos dos guardas de Maceió vencem agora em dezembro. O Sindguarda vem cobrando o equipamento da Semscs desde o início do ano. Na audiência de hoje, o secretário afirmou que está com um processo de compra de 1200 coletes. Até os novos coletes chegarem, ele disse que vai mandar os que estão vencendo para um teste de laboratório para verificar o funcionamento, verificar se podem ser utilizados até chegar os novos.

Trânsito

Sobre a atuação da Guarda Municipal no trânsito, Ivon Berto destacou que vai discutir com o inspetor-geral se haverá um comandante pra quem vai trabalhar no trânsito “É algo novo, a gente na pediu pra colocar na grade de ensino do curso a parte do trânsito. A ideia é montar um grupo de 30 a 50 homens pra atuar. Vamos planejar como vamos montar essas equipes, como vai ser distribuído”, explicou.

Participaram da reunião Carlos Pisca, Nilton Silva, Charles Sanches e Ricardo Silva, membros do Sindicato dos Guardas Civis Municipais de Alagoas (Sindguarda-AL), o inspetor-geral da guarda, Armando Correia dos Santos, os subinspetores Dão, Luciana e Ederaldo; e os inspetores Costa e André.

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