Mais de 300 vigilantes de carros-fortes paralisam as atividades nesta quinta-feira (28), em Maceió e Arapiraca. Os profissionais privados querem reajuste nos salários e no ticket-alimentação, e criação do plano de saúde. Mais de 100 agências bancárias ficam prejudicadas com a paralisação devido à falta de abastecimento nos terminais de autoatendimento.
Segundo informações da secretária-geral do Sindicato dos Vigilantes de Alagoas (Sindvigilante/AL), Mônica Lopes, a paralisação é de advertência, como forma de chamar atenção dos empresários da Prosegur e Preserve, que não têm atendido às reivindicações dos profissionais. Estes se concentram à porta das empresas, nos bairros do Farol e Trapiche da Barra, onde fazem um ato público.
A sindicalista cita que mais de 150 homens estão parados na capital e cerca de 80 em Arapiraca, que também abastece municípios do Agreste e Sertão de Alagoas. Além disso, 50 profissionais da tesouraria dos carros-fortes também aderem ao movimento.
A pauta reivindicatória da categoria contempla reajuste salarial de 15%, levando em conta os salários, que vão de R$ 1.600 a R$ 2.100; reajuste no ticket-alimentação com a redução do desconto dado diretamente no salário; e a criação do plano de saúde.
“Só para se ter uma ideia, o lucro anual da Prosegur é de quinhentos milhões de reais, e os empresários alegam não ter condições de pagar aos funcionários. Isso não existe, a categoria está cansada e, inclusive, faz hora-extra para concluir os serviços. Com esta paralisação, infelizmente, mais de 100 bancos que dependem dessas empresas no estado não serão abastecidos”, explicou Mônica Lopes.
Ao final da tarde, o sindicato vai reunir a categoria em uma assembleia, para avaliar a paralisação e decidir sobre a possibilidade de uma greve. O movimento conta com o apoio da Central Única dos Trabalhadores (CUT).