Na luta contra o coronavírus, guardas acabam também se tornando vítimas

A FENAGUARDAS clama para que as autoridades reconheçam o grande trabalho dos mais de 100 mil guardas municipais do país. Com o advento da Pandemia da covid-19, as atribuições dos guardas aumentaram.

Os efetivos baixaram devido aos afastamentos por comorbidades e muitos óbitos. Por mais que a FENAGUARDAS demonstre com dados e ampla documentação como é importante o trabalho dos guardas na fiscalização e orientação para combater a Pandemia, as autoridades fecham os olhos e se mantêm inertes.

A vacinação dos agentes não é um privilégio, é uma necessidade, pois, assim, evitaremos um número maior de contaminações, afastamentos e óbitos dos profissionais que, juntamente com a saúde, estão na linha de frente.

A Diretora jurídica da Federação Nacional de Sindicatos dos Guardas Municipais (FENAGUARDAS), Rejane Soldani mostra números preocupantes: além dos 105 casos de óbitos por covid-19 confirmados, há 43 notificações de mortes de guardas em processo de confirmação.

“Só contabilizamos as notificações em que o guarda municipal encontrava-se no exercício da atividade quando apresentou os primeiros sintomas. Se estas notificações forem confirmadas, totalizaremos 148 óbitos de guardas municipais em praticamente um ano da pandemia. Esse número é superior ao número de mortes violentas de guardas nos últimos cinco anos, que totalizam 137 mortos, conforme levantamento da Federação”, alerta.

Rejane lembra ainda que os servidores das GMs estão atuando com outras categorias no enfrentamento à pandemia de várias formas. Por isso, devem ser logo imunizados: “Dispersando aglomerações, festas clandestinas, fiscalizando o uso da máscaras, o funcionamento do comércio diante das bandeiras restritivas, escoltando vacinas, orientando nas barreiras sanitárias, nada mais justo que os guardas municipais sejam vacinados”.

Texto: Fenaguardas 

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