Com o atraso no pagamento, os guardas municipais que trabalham em Atalaia, mas moram fora da cidade estão sem condições financeiras para ir ao trabalho. Na madrugada de domingo (21) para segunda (22) houve um arrombamento no Fórum José Jerônimo de Albuquerque e não havia guarda de plantão no local. Para o Sindicato dos Guardas Civis Municipais de Alagoas (Sindguarda-AL), isso aconteceu pela má gestão da prefeitura, que não pagou os salários dos guardas do mês de setembro.
Há alguns postos na cidade – escolas, secretarias e o próprio Fórum – que não estão sendo cobertos pelos guardas. O Fórum de Atalaia foi arrombado pois não tinha guarda desempenhando as atividades – isso já é um reflexo da falta de compromisso da gestão em pagar os salários dos guardas.
“O guarda que mora em outras cidades e trabalha em Atalaia não tem condições de se deslocar, por não tem condições financeiras pra pagar a passagem, e como consequência não tem como se manter no plantão. Baseado nisso, os prejuízos à ordem pública já estão sendo vistos. Isso traz um prejuízo à sociedade, ao poder judiciário e ao patrimônio público municipal”, afirmou o presidente do Sindguarda, Carlos Pisca.
Guardas vão paralisar as atividades
Na segunda-feira (22), o Sindguarda realizou uma assembleia com os guardas de Atalaia por conta do atraso no pagamento dos salários do mês de setembro. Ficou definido que o Sindguarda informou à Prefeitura a decisão e, no prazo de 72 horas, as atividades devem ser paralisadas.
O Sindguarda pediu ao Ministério Público Estadual que convoque a Prefeitura para fazer um Termo de Ajuste de Conduta referente ao calendário de pagamento, mas não obteve resposta do órgão. “Não resta outra alternativa ao Sindicato a não ser entrar com uma ação por obrigação de fazer com pedido de tutela antecipada”, explicou Carlos Pisca.
Arrombamento do Fórum
O Fórum José Jerônimo de Albuquerque, em Atalaia, na madrugada de segunda-feira (22) e objetos foram furtados durante a ação criminosa.
Foram furtados uma televisão e um botijão de gás da unidade judiciária. Uma perícia foi realizada no local após a ação criminosa e constatou que a parte do cartório, onde ficam os poucos processos físicos e os computadores, não foi invadida.
Kamylla Lima – Ascom Sindguarda
