Os guardas municipais de São Miguel dos Campos vão às ruas nesta segunda-feira, 12 de maio, para cobrar valorização profissional e melhores condições de trabalho. O ato público terá início às 8h30, em frente ao Mercado Público do município, e pretende reunir servidores públicos e moradores da cidade em uma manifestação por mais segurança para todos.
A mobilização é convocada pela Associação dos Guardas Municipais de São Miguel dos Campos (AGMSMC) e pelo Sindicato dos Guardas Civis Municipais de Alagoas (Sindguarda-AL). As entidades denunciam o estado crítico da corporação e responsabilizam o descaso da atual gestão municipal pelos problemas enfrentados no dia a dia da Guarda Municipal.
“A corporação está na UTI”, afirmam as entidades de classe. Entre as deficiências listadas estão a ausência de equipamentos de proteção individual (EPIs), coletes balísticos vencidos, viaturas sucateadas e a inexistência de uma central de comunicação funcional. A falta de radiocomunicadores operantes também compromete a atuação da tropa.
Outro ponto destacado é a redução de 20% no efetivo nas ruas desde o fim de 2022, resultado do corte de horas extras promovido pela Prefeitura. A medida deu aos agentes um dia a mais de folga semanal, diminuindo a presença da Guarda nas ruas justamente em um momento de crescente violência no município.
O cenário se agrava com a estagnação salarial. Os guardas estão há dez anos sem ganho real e acumularam seis datas-base não cumpridas. O salário-base inicial da categoria permanece em R$ 1.069,00, e o plano de cargos, carreiras e vencimentos está desatualizado. O desânimo entre os profissionais é generalizado.
Frente a essa realidade, a categoria lança um apelo à população: mais investimento na segurança pública municipal como estratégia de enfrentamento à criminalidade. São Miguel dos Campos ocupa hoje o quarto lugar no ranking das cidades mais violentas de Alagoas.
Diante da justificativa da gestão municipal de que faltam recursos, os guardas ironizam: “Convidamos todos a contribuírem com uma vaquinha para auxiliar a administração pública”.
O protesto desta segunda pretende escancarar esse abandono e cobrar respostas imediatas. “Guarda Municipal forte, população segura”, destacam os organizadores do ato.
