Servidores rejeitam proposta de 5.79% apresentada pela Prefeitura de Maceió

Em Assembleia Geral Unificada realizada nesta segunda-feira (6), os servidores públicos do município de Maceió rejeitaram a proposta de 5.79% da Prefeitura de Maceió. Desde o início da gestão do prefeito JHC (PL), a categoria acumula cerca de 13% de perdas salariais. Por isso, os servidores deliberaram por 15% de reajuste salarial.

Para o presidente do Sindguarda Alagoas, Carlos Pisca, é inaceitável a prefeitura apresentar uma proposta para pagamento em agosto – sem retroativo – quando a data-base é janeiro. “A cada dia que passa, o servidor está perdendo o poder de compra. A gestão faz shows, festas e vive alardeando que está financeiramente bem. Esses benefícios só não chegam para os servidores”.

Servidores querem 15%

No primeiro ano da gestão, o IPCA registrou índice de 4,52% e a prefeitura deu 3% – ficou 1,52% de perda. No segundo ano, a prefeitura deu 4% de reajuste, mas o índice do IPCA foi 10% – então foi registrado 6% de perda.

Somando 1,52% + 6% de perdas acumuladas, chega-se ao número de 7,52% de perdas acumuladas. Este ano, a gestão está oferecendo 5,79% de reajuste, igual ao índice do IPCA.

Somando as perdas dos últimos dois anos com o IPCA  deste ano, chegasse ao número de 13,51% para recomposição. Com isso, os servidores querem os 13,31% de recomposição de perda salarial, mais 1,69% de ganho real, totalizando 15%.

Proposta de 5.79%

O percentual da recomposição salarial foi apresentado pelo secretário de Gestão, Ivan Carvalho, durante audiência pública promovida pela Comissão de Administração e Assuntos Ligados ao Servidor Público, na Câmara de Maceió, no dia 14 de fevereiro.

“A proposta da gestão para a data-base deste ano é a reposição inflacionária – lembrando que todo servidor tem direito a um anuênio. Então, é a reposição inflacionária de 5,79% a partir de agosto, que foi o IPCA consolidado do ano de 2022”, afirmou Ivan Carvalho, secretário de Gestão. A proposta não contempla o retroativo.

Também na audiência, o secretário de Economia, João Felipe Borges, apresentou os números fiscais e financeiros da Prefeitura. Segundo ele, o município pode ter uma perda de R$ 154 milhões de repasse.

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