Sindguarda cobra posicionamento da Semscs sobre seguranças particulares no Centro

Mais uma confusão com ambulantes foi registrada no Centro de Maceió. Dessa vez, o desentendimento entre os ficais da Secretaria Municipal de Segurança Comunitária e Convívio Social (Semscs) fez com que camelôs bloqueassem duas ruas no local, na terça-feira (20). O Sindguarda constatou que a confusão foi agravada com a atuação dos seguranças particulares contratados pela Prefeitura. Eles agiram de forma despreparada ao lidar com os ambulantes. Diante do agravamento da questão, o Sindicato cobrou – mais uma vez – da Secretaria um posicionamento sobre a atuação desses homens.

Em flagrante registrado por meio de vídeo, é possível ver os seguranças irregulares abordando camelôs na Rua do Comércio. “Constata-se que eles são bem agressivos. Enquanto a guarda fica na retaguarda, eles iam para o enfrentamento com os ambulantes, demonstrando claramente que não têm um preparo técnico nem psicológico pra esse tipo de ação”, explica Carlos Pisca, presidente do Sindguarda.

Ele afirmou que após a denúncia feita pela entidade sindical, em 9 de novembro, a Semscs informou para os meios de comunicação que os seguranças tinham sido dispensados.” Isso nos causou muita preocupação. Esse pessoal, após a nossa denúncia, foi retirado do Centro. Mas ontem, no reordenamento, eles aparecerem”.

Carlos Pisca explicou que quando o Sindicato soube da irregularidade, oficializou ao Coronel Ivon Berto a cobrança de um posicionamento sobre a situação, mas não obteve resposta. “Vamos pedir uma investigação ao Conselho Estadual de Segurança e ao Ministério Público Estadual. Já encaminhados a solicitação a nossa assessoria jurídica para que tome as providências necessárias na área jurídica referente a essa situação. Ou seja, entrar com uma ação na 14ª Vara da Fazenda Pública Municipal”, explicou o presidente do Sindicato. Ele disse ainda que foi marcada uma audiência com o promotor da Fazenda Pública Municipal, Antonio Doria.

Outro questionamento do Sindguarda é sobre o pagamento desses homens. A Prefeitura alega que não há efetivo suficiente da Guarda, mas não se propõe a fazer um concurso – o último foi realizado no ano de 2000. Para Carlos Pisca, a situação mostra que há a intenção de terceirizar ou até mesmo acabar com a GM.

“Queremos um posicionamento do Conseg e do MP, que convoque o secretário Ivon Berto, porque até então ele não se pronunciou, não deu uma resposta a um ofício encaminhado ao Sindicato. Isso é uma falta de respeito com os guardas municipais, é uma falta de respeito com a população, porque coloca as pessoas em risco direto no caso de um confronto”, ressaltou Carlos Pisca.

O Sindicato já recebeu denúncias que esses homens agrediram camelôs no Centro e que fizeram disparo de arma de fogo em via pública. “Temos a certeza que o nosso secretário está violando diretamente o Estatuto Nacional do Guarda Municipal, a Lei 13022, que não permite esse tipo de ação”, afirmou o presidente do Sindguarda.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Kamylla Lima – Ascom Sindguarda

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